sexta-feira, 14 de abril de 2017

A contradição toda é esse limite. O quanto a gente resiste e insiste em se jogar. A aurora dos dias nos dizendo “tomem cuidado”, não abusem assim, não apostem assim. Sem nenhuma carta na manga do seu paletó ou dentro do meu sutiã, ainda dando risada com a nossa cara de quem não se importa. Mas com medo lá dentro. E firmes, colocando coração no fogo. Eu até pulo primeiro, amor. Eu sei que você vem. E digo “não tem cuidado comigo”. Você segue perto desde sempre, nós dois dançando tango no círculo do amor, no limite do mesmo universo e da mesma vida conservada. Sorte de ser condenado. Perto de ser infinito."
× Mariane C. (zaluzejos

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