¬ "Eu te recebo de pés descalços: esta é minha humildade e esta nudez de pés é a minha ousadia." Clarice ♥
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Muitas vezes as reviravoltas servem para nos sacudir, para nos fazer acordar. Para mostrar que a gente merece mais, muito mais. Não vale a pena se desgastar com ignorância, fofoca e falsidade. Não faz bem para a saúde conviver com mesquinharia. Ambientes carregados não fazem bem para a alma de ninguém.
Clarissa Corrêa
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Do começo. Precisamos do nosso posto de partida sem meio ou fim predestinados. Precisamos viver cada dificuldade de um início, cada falta de palavras, cada suor nas mãos, cada dor de expectativa. E precisamos acreditar nesse nosso começo para não necessitarmos de um meio, muito menos de um fim.
Abraão Moura.
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“Queria tanto ficar bem sem você, sem falar, sem contato, mas ao mesmo tempo quase morro quando você não me conta como foi seu dia. Já basta essa distância insuportável e ficar um dia sem ter notícias suas acaba comigo.”
— Tati Bernardi
domingo, 22 de dezembro de 2013
Não ame quem demonstra te querer demais nas primeiras conversas. Não se apaixone por quem te promete o mundo nas primeiras semanas. Você se impressiona demais, e no final acaba dizendo: No começo você era diferente, me apaixonei por outra pessoa. Uma pessoa que você mesmo criou, com as qualidades que nunca possuiu.
— Sean Wilhelm
sábado, 21 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
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Toda vez que você vai embora, percebo o quanto eu me sinto sozinha, o quanto eu me sinto vazia, o quanto é impossível achar alguém te substitua. E eu choro, me tranco no quarto, faço birra, morro… Mas passa. Sempre passa. Só que a maldita da saudade sempre fica.
— Thiara Macedo
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Ele me perguntou o que eu estava sentindo. E não era apenas algo a mais, não era amizade colorida, não era um afeto, e nem nada disso. Era mais, muito mais. Aí eu virei pra ele e respondi; “Borboletas no estômago.” E ele sacou na hora.
— Thiara Macedo
Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata, trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel, por essa maldita mania de viver no outono.
— Luís Fernando Veríssimo
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Eu poderia culpar todos vocês que passaram na minha vida, deixaram uma cicatriz e foram embora. Também poderia culpar quem nunca passou, mas mesmo assim deixou uma cicatriz. Mas eu simplesmente não posso. No fim de tudo isso, a culpa é sempre do autor da história, nesse caso, a minha culpa. Afinal, não da para adivinhar no meio de bilhões de pessoas quais são as certas e as erradas. E quando apontamos para as certas, elas sempre vão arranjar uma desculpa para não querer ficar.
— Thiara Macedo
— Thiara Macedo
Eu não me importo...
Desisti. E isso é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu. Eu simplesmente desisti. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada. Vou nos lugares, vejo a opinião de todo mundo, coisas que acho deprê, outras que quero somar, mas as deixo lá. Deixo tudo lá. Não mexo em nada. Não quero. Odeio as frases em inglês mas o tempo todo penso “I don’t care”. Me nego a brigar. Pra quê? Passei uma vida sendo a irritadinha, a que queria tudo do seu jeito. Amor só é amor se for assim. Sotaque tem que ser assim. Comer tem que ser assim. Dirigir, trabalhar, dormir, respirar. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito. Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Agora, não quero mais nada. De verdade. Não vejo o que é feio e o que é bonito. Não ligo se a faca tirar uma lasca do meu dedo na hora de cortar a maça. Não ligo pra dor. Pro sangue. Pro desfecho da novela. Se o trânsito parou, não buzino. Se o brinco foi pelo ralo, foda-se. Deixa assim. A vida é assim. Não brigo mais. Não quero arrumar, tentar, me vingar, não quero segunda chance, não quero ganhar, não quero vencer, não quero a última palavra, a explicação, a mudança, a luta, o jeito. Eu quero não sentir. Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica. Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça. E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer. Quero não sentir mais porra nenhuma. Só não sou uma suicida em potencial porque ser fria me causa alguma curiosidade. O mundo me viu descabelar, agora vai me ver dormir. Eu quis tanto ser feliz. Tanto. Chegava a ser arrogante. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida. Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos. Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Ninguém dá conta e quer saber? Nem eu. Chega. Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo. Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância. Quase um alivio. I don’t care.
— Tati Bernardi.
— Tati Bernardi.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Chorar pelo que passou só empaca a vida. As pessoas se transformam, o mundo se renova, tudo se modifica com o tempo. E nós precisamos fazer parte dessas mudanças, senão ficamos estagnados e abraçados a um passado que nunca mais voltará. Por isso, o negócio é aceitar as coisas como elas são, fazer o que é possível ser feito e procurar entender que existem inúmeros pontos que fogem do nosso alcance.
Clarissa Corrêa
Fica a dica!
Clarissa Corrêa
Fica a dica!
Sempre dá tempo de resolver as coisas. Você ainda pode pedir desculpa, dizer um eu te amo sincero, aceitar um convite, voltar atrás no que disse, dizer sim ou não e quero ou não quero, ligar para aquele parente distante, retomar o contato, refazer o laço, afastar o que não agrega, mostrar a que veio, o que tolera e não nega. Hoje ainda dá tempo.
Clarissa Corrêa
Clarissa Corrêa
Sentindo sua falta
… e então eu lembrei daquela música:
"No quarto as paredes em silêncio me observam
Jogado pelos cantos como os livros que eu já li
Será que eu devo levantar e dirigir sem rumo
Será que o sono chega se eu fingir que não estou aqui”
Jogado pelos cantos como os livros que eu já li
Será que eu devo levantar e dirigir sem rumo
Será que o sono chega se eu fingir que não estou aqui”
(Capital Inicial- Insônia)
… esses dias eu quase não dormi. Não sei pq mas esses dias tem
sido de muita angústia. Uma sensação esquisita, vontade de sair daqui correndo
e ir aí ver você. Acho que eu precisava mesmo era saber se realmente está tudo
bem. Se você ainda me ama, se ainda pensa em mim da mesma maneira que penso em
você.
Fico pensando se essa distância fez alguma coisa
mudar.
Eu te amo tanto… tanto. O meu dia começa e tudo o que desejo é
que ele chegue logo ao fim pra que eu possa me enfiar no meu quarto, olhar seu
retrato e sentir você mais perto.
As coisas não estão legais sem você Preto do meu agrado.
"Quero todas essas fantasias de dezembro.
Quero a pureza de acreditar numa nova vida. A leveza de esperar um mundo novo
no segundo em que 2013 se tornar 2014. Tudo novo, tudo limpo, tudo pronto pra
ser diferente. Ar fresco, um alívio ou certa angústia, é tempo de ser mais eu.
É tempo de me esquecer, de me perder, tempo de ter mais tempo."
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Até o ano que vem
Daqui a pouco o ano termina. Com a ida dele, chega a expectativa. O
desejo de fazer diferente, a vontade de modificar o que não está legal, a ânsia
de crescer e abraçar todos os planos do mundo. Finais de ano servem de balanço,
de balança. A gente vai e vem, o pensamento viaja, o coração faz retrospectiva,
a memória guarda o que foi bom e tenta passar a perna na parte amarga. A gente
pesa os lados positivos e negativos, sorrimos ao perceber que fizemos a coisa
certa, choramos ao lamentar o que saiu do eixo.
Não tem jeito: todo fim de ano é a mesma coisa. Uns riem, outros choram, alguns riem e choram. Este ano, por exemplo, perdi minha sobrinha. Ganhei um diploma de nível técnico pra minha coleção. Perdi alguns medos e ganhei outros. Realizei um sonho importante: minha loja. Conheci lugares bonitos e um pouco do inferno. Ganhei uma sobrinha linda, um anjo. A mesma que perdi. Ganhei entendimento. Ganhei experiência. Cheguei aos vinte e quatro – 2.4.
Se eu for analisar as coisas boas e ruins, este foi um ano de aprendizado. Tive que lidar comigo mesma, com sentimentos sem nome, com uma nova forma de ver a vida. Tive que lidar com meu espelho e com alguns receios. E acho que estou me saindo bem. Espero que em 2014 eu realize meus novos sonhos e você, os seus. E que a gente se encontre de novo, do velho jeitinho de sempre.
Um feliz ano-novo, um feliz novo você. Até 2014!
Não tem jeito: todo fim de ano é a mesma coisa. Uns riem, outros choram, alguns riem e choram. Este ano, por exemplo, perdi minha sobrinha. Ganhei um diploma de nível técnico pra minha coleção. Perdi alguns medos e ganhei outros. Realizei um sonho importante: minha loja. Conheci lugares bonitos e um pouco do inferno. Ganhei uma sobrinha linda, um anjo. A mesma que perdi. Ganhei entendimento. Ganhei experiência. Cheguei aos vinte e quatro – 2.4.
Se eu for analisar as coisas boas e ruins, este foi um ano de aprendizado. Tive que lidar comigo mesma, com sentimentos sem nome, com uma nova forma de ver a vida. Tive que lidar com meu espelho e com alguns receios. E acho que estou me saindo bem. Espero que em 2014 eu realize meus novos sonhos e você, os seus. E que a gente se encontre de novo, do velho jeitinho de sempre.
Um feliz ano-novo, um feliz novo você. Até 2014!
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Ei, faz um favor pra mim e pra você: deixa os dissabores para trás. Deixa o passado no lugar dele, não remexe naquilo que cheira mal, procura jogar as mágoas e lágrimas derramadas no fundo do baú, tranca e joga a chave no mar. Deixa a correnteza levar a tua dor e abre todas as tuas frestas e janelas para a luz entrar.
Clarissa Corrêa
Clarissa Corrêa
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Sobre o final do ano e o começo de tudo
Parece que o ano está realmente chegando ao fim. Nesta época, as pessoas
se olham e comentam nossa-como-passou-rápido. Outros, resmungando, torcem para
que ele se vá de uma vez. Alguns sorriem e agradecem por tudo de bom que
aconteceu. Independente de qual seja o seu caso, 2014 está começando a acenar
lá da esquina.
E se você está preocupado com o final do mundo, tenho uma péssima
notícia: o mundo está acabando faz tempo. Ele vai embora um pouquinho todos os
dias. É por isso que a gente deve tomar cuidado como se comporta. Você e eu
devemos prestar atenção no que estamos transmitindo. Desculpe, eu não quero
simplesmente passar pela vida. Quero deixar alguma marca, fazer alguma
história. Pretensão a minha? Talvez seja. Mas me sinto mais confortável e em
paz comigo mesma sabendo que estou fazendo o possível. Pode não ser o
suficiente, mas é o meu melhor.
Eu não quero me afogar no meio de sentimentos não expressados. Por isso,
procuro mostrar meu amor a cada dia para quem me é essencial. Não me importo
que você me ache ingênua, romântica demais, boba, cafona ou careta. Talvez eu
seja mesmo tudo isso. E muito mais. Mas pelo menos eu não tenho vergonha na
cara e no peito de me abrir, de sentir. Isso é tão importante hoje em dia:
sentir. É uma pena que você tenha desaprendido. Eu lamento que você tenha
endurecido, que o seu coração seja seco, oco, silencioso, vazio e amargo. Não
fale mal da felicidade alheia. Não queira tomar para si o que é do outro. Não
deixe que os abraços não dados te encham de amargor. Por favor, não permita que
os tropeços, as quedas e as decepções te façam perder a fé.
Minha vida não é só feita de glórias. Muito pelo contrário, ela é feita
de luta e de perdas. Mas eu não me deixo abater, entende? Eu não falo mal do
mundo, eu não invejo o que é seu, eu não te desejo o mal, eu não fico
urubuzando a sua vida, eu não fico procurando sarna para me coçar, eu não fico
pisando em quem está na minha frente para chegar lá, eu não faço mandinga para
você se ferrar. Sabe o que eu quero? Viver a minha vida em paz. Sem tristeza.
Procuro deixar pra lá o que não me faz bem. Isso inclui coisas e pessoas. Quero
energia boa, por isso me cerco de coisas boas. Quero tranquilidade na minha
casa, na minha família, na minha vida. Não quero atrito, confusão, briga,
palavras duras. Quero paz. E desejo paz pra você também. Olha, esses
sentimentos ruins não vão te levar a nada, nem a lugar algum. Coloca um sorriso
no rosto, faz alguma coisa boa para você e para os outros. Deixa a armadura num
canto, joga a podridão no lixo e segue de cabeça erguida. A vida abençoa quem
se trata bem e, principalmente, quem tem boas vibrações. Se o seu caminho está
torto não queira entortar o caminho dos outros. Dê um jeito, se resolva, mas
não queira derrubar os castelos de areia de quem te rodeia.
Quero que você se sinta bem e forte para realizar tudo que deseja. Quero
que você não perca a capacidade bonita de sonhar. Quero que você não seja tão
exigente com os outros e enxergue que ninguém vai ser perfeito. Nem no ano que
vem e nem daqui a dez anos. Quero que você entenda que a vida fica bem melhor
quando é dividida com alguém especial. Quero que você faça uma limpeza nos
pensamentos, nos sentimentos e nas amizades. Fique com o que é bom, com o que
acrescenta, com o que agrega. Quero que você não perca a fé. Muito menos a
esperança. Quero que você tenha uma dose de paz, uma de saúde, uma de sorte e
uma de amor. E se quiser se embriagar, tudo bem. Toma tudo e depois não esquece
da Coca-Cola gelada e do sal de frutas.
Um Natal cheio de paz para vocês. E que o próximo ano traga sorrisos,
planos realizados e saúde. Muito obrigada pela companhia ao longo deste ano.
Vocês são muito especiais e queridos pra mim.
Meu beijo e meu carinho,
C. C.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Como a gente muda, meu Deus. Como os sonhos mudam. Alguns foram embora, me deixaram. Outros cresceram juntinho comigo. Alguns sonhos, impacientes, fizeram as malas e se foram sem ao menos deixar uma foto como lembrança. E eu fico aqui, um pouco saudosa, tentando lembrar o que um dia eu quis.
~ Clarissa Corrêa
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De qualquer forma, você será para sempre a página de um livro bom. O final, bem, o final é com você.
~ Clarissa Corrêa
Procuro respeitar e entender. Por isso, talvez eu queira ser um pouco entendida – e não julgada. E se eu brinco, ai, desculpa, minhas brincadeiras não fizeram Curso de Boas Maneiras. Elas atravessam no sinal vermelho, usam saia indecente e mascam chiclete de boca aberta. Não se sinta magoado por isso. Vou tentar melhorar, eu prometo. Nem pedi atenção, só entendimento. Nem queria mimo, só justiça. Nunca gostei de palavras mal ditas.
~ Clarissa Corrêa
Balanço de final de ano
Tem uma música do Lulu Santos que diz que a vida vem em ondas como o mar. Vai e vem, sem cansar. Em um dia tudo é bom, no outro algo muda. As dificuldades chegam para nos mostrar o quanto somos capazes. As alegrias servem para nos dar aquele gosto de sim-eu-consegui. E os finais de ano são épocas perfeitas para a gente andar de balanço e ver cada cena da vida ao longo dos quase 365 dias.
No ano passado, decidi que entraria na faculdade, conseguiria um emprego melhor, não gastaria tanto dinheiro em besteiras sem fundamento e tentaria ajudar mais as pessoas. Agora, fazendo o meu balanço, percebo que não fui ingressei na faculdade, estou trabalhando, gastei muita grana em porcarias que não uso e não sei se ajudo tanta gente assim. Por que isso acontece? Por que os nossos planos às vezes descem pelo cano? Falta de firmeza, coragem ou força de vontade?
Acho que é um pouco de tudo e, ao mesmo tempo, nada disso. A vida é tão corrida, o mundo grita lá fora, os universos on e off line nos chamam o tempo inteiro. No meio disso, nos perdemos. Falta o foco. Com tanta coisa acontecendo, a gente acaba se ajustando aos dias. Por vezes, esquecemos de ligar para aquela amiga que mora longe, com a correria deixamos de dar um abraço apertado no pai, fica uma palavra não dita na garganta. E aquela palavra poderia mudar um dia. Quer ver um exemplo? Você vai em uma exposição, vê quadros lindos, deixa de fazer a sua gentileza, não diz para o artista o quanto gostou da obra dele e vai embora. Percebe que existe aí um grande problema? Você alegrou seus olhos por alguns minutos, mas não manifestou seu sentimento. O artista, por sua vez, acaba se achando não querido. E aí começa um ciclo, que existe frequentemente em nossas vidas: a falta de comunicação.
Já percebeu que muito do nosso sofrimento diário seria evitado se a gente dissesse o que sente? É simples. Hoje me sinto bem, tive um sonho bom. Olha, nem fala comigo hoje que acordei com um humor péssimo. Escuta, você podia falar direitinho comigo, ao invés de gritar. Andei pensando, você anda uma amiga muito filha da puta. Meu amor, se você continuar falando assim comigo não vai dar certo. A gente tem que dizer o que sente, esse trabalho ninguém vai fazer por você. Mais do que isso: precisamos dizer o que sentimos para nós mesmos. Todo o santo dia.
Por que insistimos na culpa? Eu devia, eu tinha, eu podia. Descobri uma fórmula para usar em 2014: vou simplificar a minha vida, sem a menor culpa. Se der para fazer, vou fazer. E se não der, tudo bem. Vou me esforçar, tentar dar o melhor de mim, mas sem cobranças. Não dá para carregar dentro da mochila o eu-devia-tinha-podia. É muito peso. No dia 31 de dezembro, ao pular as sete ondas, afogue a sua culpa no mar.
Quanto aos planos, decidi não planejar mais nada. Se tiver que entrar na faculdade, vou entrar. Sem pressões ou coisa parecida, senão a frustração vem fazer visita. Não é bom a gente se cobrar tanto, vivemos em um mundo louco onde você tem que ser. Tem que ser legal, tem que ser bonito, tem que ser magro, tem que ser inteligente. Por isso, as auto-cobranças. Tenho que ser assim e assado. Isso não faz bem, eu sou diferente de você, nunca terei suas qualidades, em contrapartida, você também nunca terá as minhas. Cada um com suas particularidades, dores e alegrias.
Em dezembro, todo mundo elabora listinhas (mentais ou não) com direito a vários tópicos importantes: o que fez de bom ao longo do ano, se cumpriu todos os tópicos da lista passada, se aprendeu a trocar lâmpada, se teve mais paciência com a sogra, se realizou todas as fantasias sexuais, se conseguiu não falar mal dos outros durante 24 horas seguidas. Então, eu me pergunto: o que adianta fazer uma lista enorme em dezembro se em janeiro a gente já coloca a bendita na gaveta?
Já fiz muitas listas, e confesso que não consigo me livrar delas tão fácil. Mas hoje eu tenho a percepção de que se alguma coisa não for feita, tudo bem. Sou humana, erro, acerto, acredito em comerciais de shampoo, simpatias, que o rabo da lagartixa cresce de novo, que existe um crime milagroso para celulite e que ainda vão inventar uma cápsula que você toma e no outro dia acorda com a bunda dura.
Pareço menininha, pequena (como diz meu namorado), só que não.
Acreditem, eu sou da época em que uma geringonça chamada Genius era o que havia de maior interação entre uma criança e uma máquina. Sou da época em que meninas de 13 anos ainda brincavam de Barbie e sim, ainda fico pasma quando percebo que hoje, elas são a própria Barbie e tá cheio de Ken pra brincar com elas.
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“E que quando a distância existe, a lembrança é o que mantém vivendo junto da gente, quem a gente quer também.”
— Valentin.
— Valentin.
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