— Ah, bem. Mas essa moça era meio doida, não era?
— Doida por quê, guri?
— Ih, esse negócio de beijar retrato e só doido que faz.
Ela explicava, sorrindo — um sorriso diferente dos que costumava sorrir:
— Não, gurizinho. Quando a gente gosta mesmo duma pessoa, a gente faz essas coisas.
Calou um momento, depois acrescentou:
— Faz até pior.
— Doida por quê, guri?
— Ih, esse negócio de beijar retrato e só doido que faz.
Ela explicava, sorrindo — um sorriso diferente dos que costumava sorrir:
— Não, gurizinho. Quando a gente gosta mesmo duma pessoa, a gente faz essas coisas.
Calou um momento, depois acrescentou:
— Faz até pior.
(Caio Fernando Abreu)
Nenhum comentário:
Postar um comentário