quinta-feira, 3 de março de 2011

Amor e Futebol

  

Amor, futebol e outros desencontros
Eu acredito que o amor de nossas vidas é como nosso time de coração. Não deixamos de amar quando perdemos. É uma escolha inexplicável do coração. Você continua torcendo por aquele time, mesmo quando a nova camisa não é das mais bonitas, mesmo quando os jogadores são ruins e o técnico é fraco. Você continua amando aquela mulher[homem] mesmo quando ela[ele] te diz coisas que você não gostaria, faz algo que o decepcione, até quando ela[ele] te deixa repentinamente e te esquece sem demora. O amor de verdade não tem motivo, não tem razão. Ele, simplesmente, aparece, toma conta e aí não tem mais volta, vai ser sempre amor.


Se nosso time do coração é um engodo, temos a opção de acompanhar outros esportes como tenis ou automobilismo, por exemplo, e deixar o futebol de lado. Podemos até vir a torcer por outros times, eventualmente, no calor do momento ou por pura rivalidade. Podemos até começar a simpatizar por um time neutro e torcer com alguma convicção por ele, mas nossa alegria nas conquistas desse time nunca será plena. Em contrapartida, nosso sofrimento com suas derrotas nunca será avassalador. Da mesma forma, podemos até estar com outras mulheres[homens], vir a gostar de alguma[algum] com certa empolgação, mas nunca sentiremos o prazer absoluto que é estar com a pessoa na qual amamos de verdade. Em compensação, nos livramos também do imenso sofrimento que a falta desse amor causa.


...

(Leo Curcino - Volupia casual)

Nenhum comentário: